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A cada 15 minutos nasce um bebê de uma mãe adolescente na Bahia

Entre 2010 e 2019 chegaram ao mundo 413.167 bebês baianos de mães adolescentes.

Aos 14 anos, enquanto os colegas da mesma idade se preparavam para o ensino médio, Ana* teve a adolescência interrompida com as responsabilidades impostas por uma gravidez indesejada. A menina franzina nascida e criada em um bairro popular da abafada Feira de Santana, no interior da Bahia, foi vítima de violência psicológica e sexual desde os 13 pelo namorado de 24, neto da vizinha. A relação, que até então era mantida em segredo, foi descoberta pela família a partir do ventre aparente de uma gestação de seis meses.

Ana, que teve nome modificado em respeito à sua privacidade, não está sozinha. Como ela existem muitas crianças e adolescentes que fazem parte da estatística que mostra que na última década nasceram 113 bebês por dia na Bahia de mães com idades entre 10 e 19 anos.

 

Entre 2010 e 2019 chegaram ao mundo 413.167 bebês baianos de mães adolescentes. Para compreender melhor o número, é possível fazer uma comparação: se todas essas crianças fossem organizadas em uma fila indiana respeitando a recomendação atual de um metro de distanciamento social, essa fila teria cerca de 413 km de extensão, sairia de Salvador e chegaria próximo a Itabuna, no sul do estado. 

Enquanto a média de nascidos vivos de mães com idade de 10 a 14 anos na Bahia é de seis por dia, entre as meninas de 15 aos 19 o índice é surpreendente: nasceu um bebê a cada 15 minutos nos últimos dez anos.

 

Entre esses bebês está a filha de Ana, que nasceu em 2012, ano em que os registros de nascidos vivos de mães adolescentes na Bahia começaram a cair depois de um pico no ano anterior. O número passou de 46.713 em 2011 para 33.645 no ano passado. Uma queda de 27%.  Em 2020, até agosto, já são  17.656. (Bahia Noticias)

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