Adepto de Xangô, Gilberto Gil diz que “Deus é uma invenção do homem”
O cantor e compositor Gilberto Gil ganhou repercussão esta semana, após conceder uma entrevista em um programa de TV, onde falou sobre algumas das suas concepções religiosas. O ex-ministro da Cultura durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na ocasião que “Deus é uma invenção do homem”.
A entrevista ocorreu no programa “Papo de Segunda”, da GNT, apresentado por Fábio Porchat, João Vicente, Emicida e Francisco Bosco. Ao ser questionado sobre a situação atual do Brasil, Gilberto Gil foi perguntado se Deus estaria feliz com os rumos da nação.
“Não sei até que ponto Deus está satisfeito. […]”, disse o cantor, afirmando que “a gente inventou essa história. Eu sempre me refiro a Deus como uma invenção do homem. Então, a crença geral é o oposto, de que o homem é criação de Deus”, completou.
A declaração parecia se tratar de uma crítica não à fé em Deus, diretamente, mas ao modo como as pessoas decidem acreditar em Deus, mas na sequência da sua fala Gil sugere que adquiriu com com o passar do tempo uma concepção mais cética sobre a vida espiritual.
“Na infância, por causa da minha família e da cidade onde eu vivia, a gente rezava e celebrava a festa de Santo Antônio, festa de São Pedro, de Reis, de Nossa Senhora. Eu era muito ligado com aquele modo e compreensão do homem com a vida e com a natureza a partir da religiosidade católica”, disse ele.
“Depois, no decorrer da vida, fui encontrando outras formas de interpretar a realidade. Fui descobrindo a filosofia, a ciência e outros aspectos de compreensão do que é e do que não é, do que deve e pode ser. A partir dai, a religião foi tendo um papel menor [na minha vida]”, destacou.
Apesar dessas declarações, Gilberto Gil é um conhecido adepto de Xangô (Orixá), uma entidade bastante cultuada pelas religiões afro-brasileiras, tais como o candomblé no Brasil, religião pela qual o músico se declara seguidor, segundo informações da TV Famosos.
Gilberto Gil também foi ministro da cultura durante a gestão petista do ex-presidente Lula, de 1 de janeiro de 2003 a 30 de julho de 2008.
Por: Will R. Filho / Gospel +