A Polícia Civil de São Paulo ouviu atores que estão sendo investigados por interpretarem médicos em vídeos roteirizados na internet com o objetivo de vender produtos. As denúncias foram encaminhadas ao Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), que acionou a Polícia Civil e o Ministério Público (MP) para apurar o caso. Após o aval do MP, foi aberto um inquérito policial.
Em vários dos vídeos, os atores simulam depoimentos de médicos e pesquisadores em entrevistas, falando sobre os supostos resultados de “medicamentos” e suplementos. Em algumas produções, os atores chegaram a utilizar o registro profissional (CRM) de médicos verdadeiros para dar mais credibilidade às encenações.
Fernanda Padilha, Rodrigo Gonzales e Renato Chocair foram intimados a depor. Padilha e Gonzales prestaram seus depoimentos no último dia 22.
O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) informou ao G1 que, desde julho, quando o caso veio à tona, já abriu três representações éticas contra esses anúncios, alegando uso de testemunhos falsos e outras violações do Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária. O Cremesp também afirmou que, nas publicações analisadas, não havia nenhuma indicação de que as pessoas eram atores ou atrizes.
