
Os Correios devem lançar um novo Programa de Demissão Voluntária (PDV) com a meta de desligar pelo menos 10 mil empregados, segundo fontes oficiais. A iniciativa visa ajustar as contas da estatal em meio à crise financeira. Parte do plano inclui a captação de um empréstimo de R$ 20 bilhões, garantido pelo Tesouro Nacional, para dar fôlego financeiro à empresa.
Segundo apuração, o programa será dividido em duas fases: a primeira seguirá critérios tradicionais de elegibilidade (idade, tempo de serviço), enquanto a segunda definirá metas específicas para desligamentos por área ou unidade, baseando-se num estudo de produtividade das agências.
A decisão acontece num momento delicado para os Correios: a empresa projeta um prejuízo de R$ 10 bilhões para 2025 e tem nos custos de pessoal uma parte significativa dos seus gastos operacionais.
Representantes da estatal afirmam que o PDV será desenhado com incentivos financeiros atraentes, mas também cautela, para evitar pressão excessiva sobre as finanças da empresa.
Alguns empregados e sindicatos, por outro lado, já demonstram preocupação: há receio de impactos nos planos de saúde e na aposentadoria via Postalis.



