Os 36 sindicatos que representam os trabalhadores dos Correios adiaram a greve da categoria para 18 de agosto. A paralisação teria início nesta terça-feira (4). O comunicado foi divulgado nesta segunda-feira (3) pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect).
Os trabalhadores afirmam no anúncio que a estatal de entrega de correspondências é intransigente aos pedidos dos trabalhadores. Segundo o texto, “há ataques promovidos via imprensa desqualificando o trabalho de quase 100 mil trabalhadores”.
Haverá uma audiência pública em 17 de agosto para fazer a votação sobre a greve nacional. Se acordado, será a partir de meia-noite do dia seguinte. As negociações começaram no início de julho, segundo a federação.
Os sindicalistas reclamam da retirada de “70 direitos” do acordo coletivo, que tem vigência de 2 anos. Na proposta dos Correios, de acordo com a Fentect, há diminuição de 30% no valor do adicional de risco, corte no vale-alimentação, licença maternidade de 180 dias e auxílio-creche.
“Os trabalhadores ainda lutam contra a privatização alardeada pelo governo Bolsonaro e a cúpula dos Correios como prioridade. A partir dessa meta, o governo vem promovendo o sucateamento e fechamento das agências, promovendo demissões para facilitar a privatização”, diz o comunicado.
Dados da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais do Ministério da Economia mostram que a quantidade de funcionários caiu de 105.333 para 99.467 de 2018 para 2019, recuo de 5,57% no período. Desde 2015, diminuiu 15,86%. (Bahia.ba)