Pelo menos 62% das pacientes atendidas no Hospital da Mulher (HM), no Largo de Roma, em Salvador, são no interior do estado. Com seus três anos recém-completados, a unidade vem contribuindo para a interiorização dos serviços de saúde, uma deficiência até então enfrentada pelo estado, na avaliação de Paulo Sérgio Andrade, diretor técnico do HM.
“Existia uma deficiência muito grande da assistência à saúde das patologias femininas no estado de uma maneira global. Em todo o estado a gente tinha dificuldade de atender as especialidades ginecológicas e da mama muito grande. Então foi criado um estudo de rede e o Hospital da Mulher ao longo desses três anos virou uma referência não só na Bahia, mas no Brasil”, explicou o médico Paulo Sérgio Andrade.
A unidade é considerada o maior hospital especializado no atendimento à saúde da mulher do Norte-Nordeste do Brasil. Entre os serviços ofertados estão o atendimento ambulatorial, Hospital-Dia, reprodução humana assistida, oncologia, planejamento familiar, tratamentos de endometriose e infertilidade feminina, atendimento especializado para as pessoas vítimas de violência sexual, cirurgia plástica reparadora, além do centro de diagnóstico.
Mesmo com a oferta de serviços, as principais especialidades buscadas no Hospital da Mulher são ginecologia e mastologia. “Essas duas especialidades perfazem mais ou menos 60% do atendimento do hospital”, explicou o diretor técnico do HM. “Através do nosso sistema de cadastro para inserção dessas pacientes a gente conseguiu algo muito importante, que foi a interiorização”, destacou o médico.
O Hospital da Mulher não é um uma unidade “de portas abertas”. Ou seja, todos os exames, consultas e procedimentos só são feitos a partir do agendamento. Para que as pacientes sejam atendidas no HM, antes precisam procurar uma Unidade Básica de Saúde na cidade em que vivem. Depois elas são encaminhadas para os serviços. O agendamento é realizado pela secretaria de saúde dos municípios, por meio de um sistema chamado Lista Única. Dessa forma, as vagas ficam disponíveis para os 417 municípios da Bahia. O sistema é gerido pelo Governo do Estado, por meio da Central de Regulação.