
As misteriosas mortes de mãe e filhas em Maragojipe foram solucionadas. A Polícia Civil concluiu que Elisângela Almeida Oliveira envenenou Adryane Ribeiro Santos, de 23 anos, e as filhas dela, Greisse Santos da Conceição, de cinco anos, e Ruteh Santos da Conceição, de dois anos. Elisângela e companheiro dela Valci Boaventura Soares estão presos, desde o dia 11 de outubro, quando a polícia cumpriu um mandado de prisão temporária contra o casal.
De acordo com a investigação, resultado da acareação realizada com os acusados da morte, Elisângela passou a demonstrar interesse pelo marido de Adriane, Jeferson Eduardo Brandão, 29, e as duas se desentenderam. Elisângela, então, utilizou um inseticida de uso agrícola, misturado em alimentos oferecidos as vítimas para consumar o crime.
Um mandado de busca e apreensão já havia sido cumprido na casa de Elisângela e Valci, que vinha coagindo testemunhas para que não dessem informações à polícia e destruindo provas que poderiam revelar seu envolvimento nas mortes. Eles são moradores de Conceição da Feira, no Centro Norte do estado, e frequentavam a casa das vítimas.
Um mandado de busca e apreensão já havia sido cumprido na casa de Elisângela e Valci, que vinha coagindo testemunhas para que não dessem informações à polícia e destruindo provas que poderiam revelar seu envolvimento nas mortes. Eles são moradores de Conceição da Feira, no Centro Norte do estado, e frequentavam a casa das vítimas.
Acusada tinha interesse em Jeferson, marido e pai das vítimas (Foto: Reprodução) |
Adryane e suas duas filhas morreram com os mesmos sintomas em três segunda-feiras seguidas, entre os dias 30 de julho e 13 de agosto. O cachorro das meninas também morreu.
Confira a cronologia do caso:
- Antes do dia 30 de julho – Não se sabe quando, exatamente, mas o cachorro da família foi o primeiro a morrer. O animal veio a óbito poucos dias antes da morte da primeira criança.
- 30 de julho – A filha mais velha de Adriane e Jeferson, a pequena Gleysse Santos da Conceição, de 5 anos, morreu após passar mal. Na época, a família chegou a imaginar que ela tinha sido vítima de uma complicação do diabetes. Ela deu entrada em um hospital salivando e com hiperglicemia (excesso de açúcar no sangue).
- 6 de agosto – Na segunda-feira seguinte, a irmã dela, Ruteh Santos da Conceição, 2, passou mal e foi levada às pressas para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Maragojipe. Ela chegou na unidade desfalecida e morreu no mesmo dia.
- 11 de agosto – Em seu Facebook, Adriane fez um desabafo. “Amores❤. Eu lutarei para chegar no Céu, para abraçar vocês. #NaEternidadeVouTeVer. #GleysseKelly???? #Ruteh???? (sic)”, escreveu.
- 13 de agosto – Também numa segunda-feira, Adriane passa mal durante o culto e é levada ao hospital. Ela morreu já na unidade de saúde.
- 17 de agosto – Responsável pela investigação do caso, o delegado Marcos Veloso solicitou a exumação do corpo de Gleysse. Como foi a primeira a morrer, ela acabou sendo enterrada por “morte natural”.
- 5 de setembro – Depois de uma decisão favorável da Justiça, o Departamento de Polícia Técnica (DPT) realizou a exumação dos corpos de Gleysse e Ruteh.
- 14 de setembro – O juiz Lucas de Andrade Cerqueira Monteiro, substituto da comarca de Maragojipe, assina o deferimento do pedido de busca e apreensão cumprido na residência do casal Elisângela e Valci, em Conceição da Feira.
- 15 de setembro – Parentes de Adriane e das filhas são ouvidos pela polícia, assim como casal Elisângela e Valci.
- 20 de setembro – Sete pessoas foram ouvidas pelo delegado Marcos Veloso, numa acareação. No processo, os convocados foram convidados a contar, juntos, suas versões sobre os acontecimentos.
- 21 de setembro – Mandado de busca e apreensão é cumprido na residência do casal Elisângela e Valci, em Conceição da Feira.
- 28 de setembro – A decisão que autorizou o cumprimento do mandado de busca é publicada no Diário Oficial de Justiça.
- 11 de outubro – Prisão de Elisângela e Valci, suspeitos de usar inseticida para matar Adriane e as duas filhas.
- 16 de outubro – Polícia divulga o resultado da acareação realizada com os acusados das mortes
- Elisângela Almeida de Oliveira é fiel da mesma igreja que a família frequentava (Foto: Reprodução)