Uma mulher de 37 anos morreu nesta terça-feira (15) após seis dias internada na Santa Casa de Patrocínio (MG), vítima de intoxicação por uma planta tóxica confundida com couve. Outros dois homens da mesma família continuam hospitalizados em estado grave.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a vítima chegou ao hospital em condição crítica e sofreu uma parada cardiorrespiratória. Ela deixa o marido e dois filhos, que lamentaram a perda nas redes sociais.
O caso ocorreu depois que a família, recém-instalada em uma chácara, colheu e consumiu a planta Nicotiana glauca, conhecida como falsa couve ou fumo bravo, acreditando se tratar de couve comum. A planta pertence à mesma família do tabaco e contém anabasina, substância altamente tóxica e usada na produção de inseticidas.
Além da mulher, dois homens de 60 e 64 anos foram internados em estado grave e permanecem entubados. Um idoso de 67 anos recebeu alta no mesmo dia, e uma criança de 1 ano e 6 meses foi liberada após exames confirmarem que não ingeriu o alimento.
A Vigilância Sanitária e Epidemiológica de Patrocínio realizou vistoria na residência e recolheu amostras da planta para análise. Em nota, a prefeitura alertou para o risco de consumir espécies desconhecidas e orientou que, em caso de suspeita de intoxicação, o atendimento médico deve ser procurado imediatamente.
A Polícia Civil investiga o caso e informou que os levantamentos iniciais apontam para envenenamento acidental.
