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Ameaçado, promotor na Bahia se afasta de caso de PMs acusados de matar 12

O promotor do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Davi Gallo, se afastou do Caso Cabula, como ficou conhecida a ação da Polícia Militar que matou 12 pessoas no bairro do Cabula, em Salvador, em fevereiro de 2015. 

Ele relatou estar sendo ameaçado. Gallo era responsável pelo processo desde 2015, quando a denúncia foi oferecida contra nove policiais. Segundo ele, as ameaças, inclusive de morte, motivaram o afastamento, mas não foram determinantes. De acordo com o integrante do MP-BA, dois promotores estão designados para acompanhar o caso e não valeria permanecer sob o risco de vida.

Há oito anos, Gallo tem escolta policial e, segundo ele, nos últimos dias foi reforçada. “Eu administro ameaças. Essa do Caso Cabula foram centenas de ameaças, pelo Whatsapp, recados. E quando o processo desceu [do Superior Tribunal de Justiça para o Tribunal de Justiça da Bahia] voltaram as ameaças de forma velada.

Ameaça é uma coisa que nem sempre se concretiza, mas, as vezes, sim. Então, estou saindo do processo. Minha família adorou. Não tenha dúvida”, declarou, em entrevista à rádio Metrópole.

Relembre o Caso:

O Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) ajuizou a denúncia contra nove policiais militar envolvido na execução de 12 pessoas na Vila Moises, no Cabula e por lesões provocadas em outras seis durante a ação realizada na madrugada do último dia 6 de fevereiro.

Os promotores de Justiça Davi Gallo, José Emmanoel Lemos, Cassio Marcelo de Melo e Ramires Tyrone, autores da denúncia, pedem ainda a prisão preventiva dos nove denunciados, a fim de garantir a ordem pública e o regular andamento do processo, e a realização de reprodução simulada dos fatos.

 (Por Rodrigo Daniel Silva – Istoé)

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