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Relatora do Código Eleitoral inclui quarentena de 5 anos para militares e policiais concorrerem às eleições

Membros do Ministério Público e do Judiciário também também precisariam do mesmo tempo para concorrer.

A relatora do novo Código Eleitoral, Margarete Coelho (PP-PI), apresentou nesta quarta-feira (25) um novo parecer à Câmara dos Deputados. O documento agora inclui a obrigatoriedade de uma quarentena de cinco anos para militares, policiais, magistrados e integrantes do Ministério Público que desejam disputar as eleições. O código agora conta com 905 artigos.

O projeto conta com o apoio do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), e deve ser votado em plenário até a próxima semana.

A regra poderia afetar uma possível candidatura do ex-juiz Sergio Moro nas próximas eleições. Moro deixou a magistratura em 2018 e só poderia estar livre para buscar votos a partir de 2023.

À tarde, a relatora incluiu uma regra para não prejudicar os ex-servidores que já foram eleitos. Juízes, membros do Ministério Público, militares e policiais que estejam no exercício do mandato eletivo  ou que já tenham exercido mandato até a publicação do código não estarão inelegíveis.

Segundo o jornal O Globo, a inclusão da quarentena foi decidida na terça-feira, após sugestão de partidos de centro.  Eles demonstraram à relatora preocupação com a possibilidade de essas autoridades se valerem do cargo para conquistar votos.

O movimento ocorre na esteira da politização de policiais e militares. O alinhamento de parte dessas forças ao presidente Jair Bolsonaro preocupa os parlamentares, principalmente no momento que o Palácio do Planalto se coloca de forma pública contra o Poder Judiciário. (Metro 1)

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