
Salvador é a primeira capital do Nordeste e a segunda do país a testar um sistema de reconhecimento facial no embarque de passageiros. A tecnologia foi desenvolvida por uma empresa do governo federal. O serviço está fase de experiência. A ideia é facilitar o procedimento e dispensar a apresentação de documentos.
Quem já experimentou a novidade, aprovou. “Eu acredito que vai facilitar muito, principalmente nesse tempo de pandemia, essa questão que vai evitar o contato e eu acredito também que serve como uma forma de adiantar o processo do embarque, vai ser muito útil”, disse a psicóloga Lohana Lealdina.
A nova tecnologia também já é testada em Florianópolis, e permite o embarque no avião sem que o passageiro apresente qualquer documento de identificação e sem o checking. Tudo feito com segurança e mais rapidez do que o processo convencional, e sem filas.
A tecnologia usa um sistema parecido já aplicado na Bahia. Câmeras auxiliam, por exemplo, o trabalho da polícia em estações de transporte, estádios de futebol e até em festas – como o carnaval de Salvador, onde procurados pela Justiça já foram presos após serem flagrados pelo sistema de reconhecimento facial.
Como funciona
No Aeroporto de Salvador, o sistema está funcionando da seguinte forma:
- Um passageiro voluntário tem a foto tirada por um funcionário, que também recebe os dados como número do CPF;
- As informações são cruzadas com a base de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde o sistema verifica se o passageiro já fez biometria ou se a pessoa tem a CNHdigital, o que permite que o passageiro seja reconhecido com mais agilidade.
“Nesse momento, existe uma validação biométrica, então, essa solução vai fazer uma validação com as bases governo federal, que contempla a base de Carteira Nacional de Habilitação e a base do Tribunal Superior Eleitoral. Qualquer passageiro que tiver já no formato digital e tiver o cadastro biométrico no TSE vai poder fazer o embarque mais seguro”, explicou Lívia Embiruçu, gerente do Serpro e coordenadora do projeto.
Uma área especial foi separada ao passageiros que aceitam fazer parte do reconhecimento facial. A ideia ainda é um projeto piloto. Por enquanto, a tecnologia é aplicada uma vez por semana no Aeroporto de Salvador.
A solução que promete agilizar o embarque com menos contato físico vai ser testada, até março, no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte, e, em 2021, será ampliada gradualmente para todo país.
Para a coordenadora do projeto na Bahia, no futuro, o sistema vai ser compartilhado com as empresas aéreas e ajudar órgãos de segurança do governo no combate a crimes.
“A gente vai pode também fornecer informações para os órgãos de segurança e fiscalização. Esses órgãos também vão se beneficiar dessas informações que estarão nessas base do governo federal, pra ter fiscalizações, reduzir tráfico de pessoas, tráfico de drogas, poder fazer toda fiscalização e um processo de segurança em cima dessas informações”, disse Lívia Embiruçu.
(G1/BA)